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domingo, 11 de janeiro de 2009

Semi-Deuses?

A causa como a cura da doença era atribuída às divindades. Esse conceito já está presente nas obras de Homero e de Hesíodo, criadores dos mais antigos textos literários gregos conhecidos. A capacidade de curar era um dos atributos sobrenaturais de muitos deuses. Hoje esta divindade está relacionada aos médicos.

A medicina era para ser uma das mais belas profissões. Esta exige de seus profissionais humildade no trato com o ser humano. Mas estes ao conseguir curar um paciente e, assim, salvar-lhe a vida, sentem-se como Deuses. Não acredito que médicos salvem vidas. A batalha contra a morte é, desde sempre, perdida. Mas o exercício da medicina pode prolongar a vida e promover alívios para o sofrimento. E estas possibilidades, por si, já valem uma vida.

Mas o problema dos médicos-deuses é criar a expectativa de que a medicina poderá nos livrar de todos os sofrimentos e da morte. Eles difundem a crença de que é possível um conhecimento total sobre o corpo humano e aquilo que o condiciona. Se algo deu errado, foi por falta de conhecimento. Não há lugar para o desconhecido, para o acaso na matemática dos médicos infalíveis. Eles opõem conhecimento total à ignorância e vida à morte. Uma derrotará a outra.

Médicos, como no passado se ocuparam os sacerdotes, estão encarregados de dizer o que é certo ou errado para se ter uma vida feliz. Não fume, alimente-se bem, faça exercícios: estes são os mandamentos do homem moderno. Uma vida boa é uma vida saudável e regrada. Só que, agora, não é a autoridade religiosa que dita às regras, mas médicos que se dizem portadores das verdades científicas. E a ciência, quando tomada como religião, é tão ou mais nociva quanto as Religiões "de fato", porque ela primeiramente nem é pra ser tomada como Verdade absoluta (tem sempre o "até que se prove o contrário"), mas muitos fazem disso o seu Dogma. Os dados científicos não são verdades definitivas. Um acaso que a própria estatística considera, ainda que de forma atenuada, uma vez que ele não pode ser dimensionado com precisão.


E apesar de todo apelo à saúde, de que se sigam corretamente todas as recomendações dos doutores do bem-viver, as pessoas continuam e continuarão a adoecer, novas doenças a surgir e mortes a ocorrer. E, se não existe acaso, então a
culpa por isto é da medicina e dos médicos. Se não o têm, deveriam ter o conhecimento necessário, cumprir a promessa feita!